Jogo Sujo

Ex-presidente da Braskem é condenado à prisão nos EUA por pagamento de propina

Braskem Grubisich

José Carlos Grubisich, ex-presidente da Braskem, foi condenado a 20 meses de prisão nos Estados Unidos por subornar funcionários públicos e partidos políticos brasileiros, em troca de contratos com a Petrobras. Outros funcionários da Braskem e da Odebrecht (rebatizada de Novonor) teriam participado do crime, tendo sido responsáveis por elaboração um fundo secreto milionário. Tal fundo foi usado para pagar propinas, sustenta a acusação, e Grubisich teria falsificado livros da empresa e assinado certificações falsas à reguladora do mercado de capitais nos EUA.

As empresas brasileiras fecharam um acordo com a Justiça dos Estados Unidos, admitindo culpa. Braskem e Odebrecht concordaram em pagar US$ 6,9 bilhões em um acordo com autoridades dos EUA, Brasil e Suíça. Grubisich, que presidiu a Braskem entre 2002 e 2008 e ocupou vários cargos na Odebrecht, declarou-se culpado por violar a Lei de Práticas de Corrupção no Exterior  no processo. Os crimes teriam sido cometidos entre 2002 e 2014. O esquema foi denunciado à Operação Lava Jato por meio de delação premiada pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e pelo doleiro Alberto Youssef.

“Como parte do esquema, Grubisich e seus parceiros desviaram aproximadamente US$ 250 milhões da Braskem para um fundo secreto, que Grubisich e os demais formaram por meio de contratos fraudulentos e empresas de fachada offshore controladas secretamente pela Braskem”, afirma um comunicado do Departamento de Justiça americano.

O executivo também terá US$ 2,2 milhões confiscados, além de pagar uma multa extra de US$ 1 milhão. Grubisich chegou a ser preso no aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, em novembro de 2019, por causa das denúncias. Após pagar fiança de US$ 30 milhões, em abril de 2020, ele foi solto.

Redação

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