A procuradoria da Sicília, na Itália, anunciou no sábado uma investigação por possíveis crimes de negligência e homicídio culposo no naufrágio do superiate “Bayesian”, de bandeira britânica, que resultou na morte de sete pessoas, incluindo o magnata britânico Mike Lynch. Agora, a Justiça passa a avaliar quem poderá ser responsabilizado e qual a parte de cada um na tragédia marítima na costa italiana.
O superiate “Bayesian”, de bandeira britânica, afundou em questão de minutos na segunda-feira passada, a cerca de 700 metros do porto de Porticello, próximo a Palermo, após ser atingido por uma tromba d’água provocada por um fenômeno de gota fria. Em coletiva de imprensa, o promotor Ambrogio Cartosio disse que achava “provável que crimes tenham sido cometidos” em torno do naufrágio do iate.
Entre os possíveis responsáveis, segundo a promotoria, estão o capitão, a tripulação, indivíduos encarregados da supervisão, e o construtor naval responsável pelo superiate. “Estabeleceremos a responsabilidade de cada elemento”, disse o promotor.
Lynch, de 59 anos, havia convidado amigos e familiares para o barco para celebrar sua recente absolvição em um caso de fraude em larga escala nos Estados Unidos. Seu iate de luxo, com 56 metros de comprimento, foi atingido por uma tromba d’água na madrugada de segunda-feira, quando estava ancorado em frente a Porticello.
Quinze pessoas foram resgatadas e, logo em seguida, foi encontrado o corpo de um homem, que no sábado foi confirmado como sendo o cozinheiro do barco.
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Uma grande operação de busca com mergulhadores especializados encontrou na quarta-feira os corpos de quatro amigos de Lynch e na quinta-feira, o próprio Lynch.
A rapidez com que o iate afundou e o fato de que as outras embarcações ao redor não foram afetadas levantaram dúvidas, principalmente sobre se a quilha lastreada, que atuava como contrapeso do imponente mastro de 75 metros, estava abaixada ou levantada no momento da tempestade.
Em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera, o chefe do The Italian Sea Group, proprietário do estaleiro Perini Navi que construiu o “Bayesian”, apontou para um erro humano.
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