Jogo Sujo

Empresa de limpeza sonega R$ 8,4 mi em impostos e é alvo de operação da PCDF

Um grupo que usava empresas “fantasmas” no comércio de produtos de limpeza foi alvo de uma operação, na manhã desta sexta-feira (19/1), por sonegar cerca de R$ 8,4 milhões em impostos. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) cumpriu seis mandados de busca e apreensão contra os sócios, contadores e laranjas que participavam do esquema. O principal alvo da investigação tem cerca de 40 ocorrências policiais contra ele por crimes graves como roubo, ameaças, estelionatos e crimes de violência contra a mulher.

Durante as investigações policiais, foi revelado que o grupo atuava por meio da criação de empresas “fantasmas” do ramo de comércio varejista de produtos de limpeza em geral. A organização criminosa emitia notas fiscais fraudulentas, chamadas de “notas frias”, sendo identificados os verdadeiros donos dessas empresas, responsáveis por recrutar pessoas, os chamados “laranjas”, para emprestar os próprios nomes para figurar no quadro societário.

De acordo com a PCDF, a operação policial busca reprimir a associação criminosa voltada para a prática de crimes contra a ordem tributária, em especial, da sonegação de impostos sobre a circulação de mercadorias (ICMS). As investigações apontam que a prática criminosa acarretou em uma dívida com o Governo do Distrito Federal no valor de aproximadamente R$ 8,4 milhões. Os principais alvos dos mandados são os verdadeiros sócios das empresas, contadores e as pessoas que cedem os dados.

O principal alvo da operação tem cerca de 40 ocorrências policiais contra ele, por diversos crimes graves como roubo, porte ilegal de arma de fogo, ameaças, estelionatos e crimes de violência contra a mulher. As medidas foram cumpridas nas regiões de Vicente Pires, Riacho Fundo, Taguatinga e Plano Piloto.

Os suspeitos estão sendo investigados por crimes de associação criminosa, sonegação fiscal, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. A depender da participação de cada um no esquema, eles podem ser condenados a penas que variam entre 7 a 21 anos.

Chamada Títere, a operação foi realizada por intermédio da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária, vinculada ao Departamento de Combate a Corrupção e ao Crime Organizado (DOT/Decor). O nome da ação faz alusão a marionetes e fantoches, representando as figuras das pessoas físicas que emprestam os próprios nomes para a prática dos crimes.

Redação

Comentar