Jogo Sujo

Operação prende empresários, “laranjas” e servidores por fraude em licitações no oeste do Paraná

Operação Retro Case

Segundo a Polícia Civil, peças de retroescavadeiras remanufaturadas foram compradas como novas ou não foram entregues a prefeituras

A Operação Retro Case, que procura desmantelar uma associação criminosa suspeita de fraudar processos licitatórios e causar prejuízo aos cofres públicos do Paraná, prendeu 11 pessoas em várias cidades no Oeste do estado. A suspeita é de que houve irregularidades na aquisição de peças de reposição de máquinas pesadas da frota da Prefeitura de Missal. Peças remanufaturadas teriam sido recebidas como novas. Além disso, teria havido superfaturamento de preços e pagamento de produtos não entregues ou não utilizados. O grupo ainda criava empresas de fachada em nome de “laranjas” para simular um rodízio com os participantes de cada licitação.

Durante a operação, policiais apreenderam R$ 121 mil em dinheiro, computadores, celulares e documentos, e cumpriram 26 mandados de busca e apreensão em Missal, Catanduvas, Cascavel, Terra Roxa, Guaíra,Diamante do Sul, Pérola D’Oeste e  Roncador. No caso de Missal, o contrato da licitação começou em 2018. O valor previsto era de R$ 1,8 milhão para a compra de peças para máquinas da prefeitura.

“Foram pagos, até o momento, aproximadamente R$ 600 mil para essas empresas que são alvos. A gente pode dizer que algo em torno 30% desse valor é considerado como valor pago indevidamente”, informou a delegada Rita de Cássia, que investiga o caso.

A Prefeitura de Missal informou em nota que desconhece “qualquer irregularidade supostamente praticada por algum servidor municipal e que está colaborando com as investigações”, além de tomar providências internas para esclarecer os fatos. Já a Prefeitura de Guaíra informou que não teve acesso oficial à investigação.

Redação

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