PF investiga desembargador do TJ-AL suspeito de vender sentenças

O desembargador Celyrio Adamastor Tenório Accioly, do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL), é um dos alvos da Operação Pecunia non Olet, que investiga crimes de corrupção praticados por membros do Poder Judiciário no estado. Agentes da Polícia Fderal cumprem 15 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça, em endereços de Alagoas e de Curitiba.

O Tribunal de Justiça de Alagoas informou que colabora com a ação e que viabiliza, para os agentes, o acesso aos locais, aos setores e aos documentos. Os agentes também fizeram buscas no próprio gabinete do desembargador Celyrio Accioly.

De acordo com os investigadores, agentes públicos e advogados agiram para atrasar julgamentos. Além disso, o magistrado envolvido teria proferido decisões favoráveis aos interesses de uma empresa do ramo da educação. A contrapartida teriam sido pagamentos de gastos pessoais do desembargador.

Os investigados podem responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva e advocacia administrativa – quando agentes públicos promovem interesses ilegítimos, causando  retardamento, ação ou omissão de atos de ofício.

O nome da operação, Pecunia non Olet, provém do latim e significa “o dinheiro não tem cheiro”.