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Chiquinho Brazão pede exoneracão do cargo de secretário especial de Ação Comunitária

O deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil) pediu exoneração do cargo de secretário especial de Ação Comunitária do município do Rio. Ele será substituído pelo ex-deputado estadual e suplente de deputado federal Ricardo Abraão, também do União Brasil. Ricardo é filho do ex-prefeito de Nilópolis, Farid Abrão David, já falecido. Ele é também irmão do bicheiro Anísio Abrão David. Os dois também já presidiram a escola. Apesar de eleitos pelo União Brasil, os dois deram entrada na Justiça Eleitoral para mudarem para o partido Republicanos, base de apoio do prefeito Eduardo Paes.

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Os atos foram publicados no Diário Oficial do Município desta quinta-feira. Procurado, o prefeito Eduardo Paes não comentou a mudança.

2 de 3 Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) Domingos Brazão — Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) Domingos Brazão — Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo

Chiquinho Brazão, que ficou apenas quatro meses no cargo, é irmão do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Domingos Brazão, um dos investigados pela Polícia Federal no processo dos homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018. O conselheiro foi citado em delação premiada do ex-PM Elcio de Queiroz, que está preso desde 2019, acusado de dirigir o carro usado no crime.

Eleita vereadora do Rio de Janeiro pelo PSOL em 2016, com 46 mil votos (a quinta candidata mais bem votada do município), Marielle Franco teve o mandato interrompido por 13 tiros na noite de 14 de março de 2018, num atentado que vitimou também seu motorista Anderson Gomes

No fim do ano passado, o acusado de atirar na vereadora e no motorista, o ex-sargento da PM Ronnie Lessa, acertou um acordo de delação premiada, que ainda não foi homologado pelo Superior Tribiunal de Justica (STJ). Domingos Brazão é até agora o único nome conhecido com foro de prorrogativa de função, o que justifica a consulta ao STJ.

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O conselheiro nega qualquer envolvimento com o caso, ressaltando que sequer conhecia a parlamentar. A notícia da delacão foi publicada pelo blog do colunista Lauro Jardim. A PF investiga se o assassinato foi motivado por uma questão fundiária em Jacarepaguá.

Fonte: O Globo

Redação

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