Jogo Sujo

Operação Faroeste: desembargadora do TJ da Bahia vai para prisão domiciliar

Desembargadora Lígia Maria Ramos Cunha Lima, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA)

A prisão da desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Lígia Maria Ramos Cunha Lima, decretada no âmbito da Operação Faroeste, conforme o blog noticiou, foi convertida para prisão domiciliar. A decisão foi tomada pelo ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e publicada na última terça-feira (15/12). A prisão era temporária. Porém, a prisão também temporária da desembargadora Ilona Márcia Reis, que ocorreu na mesma operação, foi mantida.

Em sua decisão, o ministro alegou motivos de saúde, pois a desembargadora Lígia Maria Ramos está se recuperando de uma cirurgia pela qual passou recentemente.

Para o advogado da desembargadora, João Daniel Jacobina, a conversão sinaliza que a prisão não era necessária. O presidente do TJ-BA determinou que juízes substitutos vão ficar no lugar das desembargadoras, presas.

Secretário de Segurança da Bahia e cantora do Timbalada também foram alvos da operação

A cantora Amanda Santiago, ex-Timbalada, também foi alvo de busca e apreensão. Ela é filha da ex-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Maria do Socorro Barreto Santiago, presa na Operação Faroeste há um ano. A defesa da desembargadora Maria do Socorro afirmou à imprensa que Amanda não possui nenhum tipo de envolvimento no esquema de venda de sentenças investigado.

A Operação Faroeste também teve como alvos o secretário de Segurança Pública (SSP) da Bahia, Maurício Barbosa, e a delegada chefe de gabinete, Gabriela Caldas Rosa de Macêdo. Eles foram afastados do cargo por decisão do STJ. A exoneração de ambos já foi publicada no Diário Oficial na última terça-feira (15/12).

A força-tarefa investiga um esquema criminoso de venda de decisões judiciais por juízes e desembargadores da Bahia, que contavam com a participação de membros de outros poderes. Os criminosos legalizavam terras griladas no oeste do estado e contavam com laranjas. Além da prisão das desembargadora, um mandado de prisão preventiva foi emitido para Ronilson Pires de Carvalho, que seria o titular da conta onde era depositada a propina.

Redação

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