Jogo Sujo

Operação Faroeste: desembargadora é denunciada por corrupção e lavagem de dinheiro pelo MPF

desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou novamente a desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago e ex-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, uma das investigadas pela Operação Faroeste. Também foi denunciada por corrupção passiva e ativa e lavagem de dinheiro a filha da desembargadora, a cantora Amanda Santiago, ex-Timbalada, o juiz Sérgio Humberto de Quadros Sampaio e mais cinco pessoas.

Conforme o blog noticiou, a Operação Faroeste investiga um esquema de venda de sentenças por parte de magistrados do TJ-BA na grilagem de terras no estado.

Na denúncia, o MPF pediu a perda da função pública de Maria do Socorro Barreto e a perda de pelo menos R$ 1.136.899,90, com juros e correção. A defesa de Maria do Socorro alega que a acusação, de modo “forçoso”, tenta sustentar vínculo criminoso entre a desembargadora e os outros denunciados, mas não traz “qualquer prova concreta, apenas narrativas”.

Presa desde novembro de 2019, a desembargadora Maria do Socorro Barreto continua recebendo seus vencimentos mais benefícios, num total de R$ 459 mil desde que foi detida.

Desembargadora Lígia Cunha saiu da prisão domilicar para um presídio do DF

No âmbito da mesma Operação Faroeste, a investigada e também desembargadora do TJ-BA, Lígia Ramos Cunha, foi transferida nesta segunda-feira (21/12) para um presídio do Distrito Federal. De acordo com a defesa, a magistrada encontra-se detida em uma sala de estado maior, em um batalhão anexo da Polícia Militar.
A magistrada, que estava em prisão domiciliar, conforme o blog noticiou, teve a prisão temporária convertida para prisão preventiva ontem (20/12) e teve que voltar para o cárcere. A prisão preventina determina que ela fique detida por no máximo 180 dias.

Para os promotores do MPF, as desembargadoras criaram verdadeiras organizações criminosas especializadas em vendas de sentenças e em lavagem de dinheiro, com participação nos conflitos de terras no Oeste da Bahia. As magistradas tinham a ajuda de advogados para cometer os crimes, sendo que a desembargadora Lígia Cunha também contava com o auxílio dos filhos. Ela teria recebido pelo menos R$ 950 mil pela participação nos crimes.

Já foram afastadas cinco desembargadoras, além de juízes, por participação no esquema criminoso de venda de sentença e grilagem de terras.

Redação

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