O Ministério Público Federal (MPF) denunciou novamente a desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago e ex-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, uma das investigadas pela Operação Faroeste. Também foi denunciada por corrupção passiva e ativa e lavagem de dinheiro a filha da desembargadora, a cantora Amanda Santiago, ex-Timbalada, o juiz Sérgio Humberto de Quadros Sampaio e mais cinco pessoas.
Conforme o blog noticiou, a Operação Faroeste investiga um esquema de venda de sentenças por parte de magistrados do TJ-BA na grilagem de terras no estado.
Na denúncia, o MPF pediu a perda da função pública de Maria do Socorro Barreto e a perda de pelo menos R$ 1.136.899,90, com juros e correção. A defesa de Maria do Socorro alega que a acusação, de modo “forçoso”, tenta sustentar vínculo criminoso entre a desembargadora e os outros denunciados, mas não traz “qualquer prova concreta, apenas narrativas”.
Presa desde novembro de 2019, a desembargadora Maria do Socorro Barreto continua recebendo seus vencimentos mais benefícios, num total de R$ 459 mil desde que foi detida.
Desembargadora Lígia Cunha saiu da prisão domilicar para um presídio do DF
Para os promotores do MPF, as desembargadoras criaram verdadeiras organizações criminosas especializadas em vendas de sentenças e em lavagem de dinheiro, com participação nos conflitos de terras no Oeste da Bahia. As magistradas tinham a ajuda de advogados para cometer os crimes, sendo que a desembargadora Lígia Cunha também contava com o auxílio dos filhos. Ela teria recebido pelo menos R$ 950 mil pela participação nos crimes.
Já foram afastadas cinco desembargadoras, além de juízes, por participação no esquema criminoso de venda de sentença e grilagem de terras.
[…] enviada ao relator do caso no STJ, o ministro Og Fernandes, os envolvidos são acusados pela Operação Faroeste de receber R$ 950 mil em vantagens indevidas em um esquema que incluiu decisões da desembargadora […]