Jogo Sujo

Esquema desviou R$ 4 milhões de obras de prédio anexo do Tribunal de Contas do Tocantins

Uma quadrilha suspeita de fraudar contratos de obras de construção de um prédio anexo do Tribunal de Contas do Estado do Tocantins é alvo da Operação Esopo 267, da Polícia Federal, que está sendo realizada hoje. De acordo com as apurações da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e da Controladoria-Geral da União, há indícios de fraude à licitação e de desvios de recursos, além de crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de ativos e evasão de divisas.

Os crimes teriam sido cometidos com a participação de servidores públicos e empresários da construção civil. As empreiteiras investigadas são a CM Construtora e a Real Construtora e Incorporadora (Recep).

“Os contratos investigados somam mais de R$ 25 milhões. A partir das movimentações financeiras suspeitas, laudos periciais e informações de campo, estima-se um prejuízo aos cofres públicos da União superior a R$ 4 milhões”, informou à imprensa a Polícia Federal.

O prédio anexo do TCE foi entregue no ano de 2013. A obra obteve verbas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). As irregularidades teriam ocorrido durante a presidência de Costandrade no órgão.

Os policiais estão cumprindo 13 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) das cidades de Palmas e Goiânia. A Operação Esopo 267 faz referência a uma das versões da fábula do lobo em pele de cordeiro.

O Tribunal de Contas comunicou em nota que “todas as informações solicitadas e que estejam disponíveis no Tribunal de Contas do Tocantins serão repassadas aos investigadores, postura que deve ser seguida por todo órgão público”.

Redação

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