Jogo Sujo

Tribunal da Argentina acusa Cristina Kirchner de corrupção estatal

O Tribunal Federal da Argentina divulgou os motivos da condenação de Cristina Kirchner, a atual vice-presidente do país, na 5ª feira (9.mar.2023). Kirchner teria cometido atos de corrupção estatal. A corte entendeu que as ações de Kirchner tinham como objetivo beneficiar a ela e Néstor Kirchner. As informações são do La Nacion.

“Estamos diante de um ato de corrupção estatal que, como tal, atenta contra a legitimidade das instituições públicas, ameaça a sociedade, a ordem moral e a justiça, assim como o desenvolvimento integral dos povos”, disseram os juízes no documento, de acordo com o jornal argentino.

“A cartelização empresarial a favor de Báez causou ao Estado um prejuízo que este tribunal pôde calcular, em valores líquidos, no valor de 646, 1 milhões de pesos”, disse a Corte.

Condenação 

Kirchner foi condenada a 6 anos de prisão em 6 de dezembro de 2022. A decisão determinou sua inabilitação para exercer cargos públicos. 

Cristina e seu marido, Néstor Kirchner –que morreu em 2010–, foram acusados de corrupção por supostamente favorecer o empresário Lázaro Baez em obras públicas na província de Santa Cruz durante os 3 primeiros mandatos dos Kirchners (2003–2015).

Baez venceu 80% das licitações na região. Ele teria recebido irregularmente 51 licitações que somam 46 bilhões de pesos (equivalente a R$ 1,4 bilhão na cotação desta 3ª feira).

Além de Cristina, outras 16 pessoas foram condenadas. Entre elas, está o empresário Lázaro Baez, o ex-secretário de Obras Públicas, José López, e o ex-diretor da Direção Nacional de Estradas, Nelson Periotti.

O julgamento do caso chamado de “Vialidad” começou em 21 de maio de 2019, mas foi suspenso por causa da pandemia de covid-19.

Em 22 de agosto de 2022, os promotores Diego Luciani e Sergio Mola, do Ministério Público da Argentina, pediram que a vice-presidente fosse condenada a 12 anos de prisão e impedida de exercer cargos públicos para o resto da vida por causa dos crimes.

Durante as audiências, Kirchner negou ter cometido os crimes. A vice-presidente argumenta que o processo é um lawfare (perseguição jurídica). Em sua defesa final, Kirchner afirmou que o tribunal responsável pelo julgamento é “um verdadeiro pelotão de fuzilamento”.

Redação

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