Dez empresas do comércio varejista de colchões foram alvos de uma operação da Receita Estadual de Minas Gerais na manhã desta terça-feira (20/8) nos municípios de Montes Claros e Janaúba, na Região Norte de Minas Gerais. Um levantamento inicial da Receita apontou que a fraude deu um prejuízo de pelo menos R$ 2 milhões aos cofres públicos nos últimos cinco anos. Na operação “Sono dos Justos”, 18 auditores da Receita realizaram buscas e apreensões de documentos físicos e dados digitalizados nas empresas suspeitas.
As investigações tiveram início em fevereiro, a partir de denúncias. As empresas comercializavam os colchões sem emissão de notas fiscais, caracterizando sonegação de ICMS. Uma das estratégias das empresas para driblar o fisco era utilizar máquinas de cartão de débito e crédito de outras companhias com atuação em diferentes setores. O objetivo era omitir o registro das operações de compra e venda e dificultar o cruzamento de dados feito pela Receita do estado.
Se
o recibo da máquina de débito/crédito for de outra loja, desconfie
O auditor fiscal
Gilmar Barbosa chama atenção para esse tipo de fraude, que tem se tornado
comum.
— Daí a importância de se exigir a nota fiscal e também conferir os dados da empresa impressos no documento, pois quando compramos um produto na loja A, mas o comprovante da transação (recibo da máquina) é da loja B, isso é um forte indício de irregularidade. Se considerarmos que os valores sonegados deixam de ir para áreas importantes como saúde e educação, ficar atento a essas questões é também um ato de cidadania.
Uma das empresas investigadas declarou um faturamento de apenas R$ 6.900 em 2018. Porém, auditores fiscais notaram que as despesas da loja, somente com aluguel e pagamento de funcionários, somaram R$ 120 mil.
Fonte: Estado de Minas
O ICMS deveria ser extinto e substituído por um único imposto sobre a venda. Essas alíquotas altíssimas são o motivo da sonegação. Coloca um valor menor de imposto que todos vão pagar.