Redação
A Justiça francesa emitiu nesta sexta-feira (22/4) um mandado de prisão internacional contra o brasileiro Carlos Ghosn, ex-CEO da Renault e da Nissan. O empresário atualmente vive no Líbano e já foi preso no Japão por supostas violações financeiras. Ghosn se disse “surpreso” com o mandado de prisão.
“Isso é uma surpresa. Ghosn sempre cooperou com as autoridades da França”, disse o porta-voz do brasileiro à imprensa.
A Justiça francesa também emitiu mandados de prisão contra mais quatro pessoas. Um dos alvos é o bilionário Suhail Bahwan, dono de uma distribuidora de veículos em Omã, que teria sido usada para canalizar fundos da Renault para uso pessoal de Ghosn. Os outros três mandadossão contra os dois filhos de Bahwan e o ex-gerente geral da Suhail Bahwan Automobiles.
O mandado faz parte de uma investigação conduzida em Nanterre (Hauts-de-Seine) por abuso de ativos corporativos e lavagem de dinheiro. Os promotores frances também analisam pagamentos de US$ 16 milhões considerados suspeitos entre a aliança Renault-Nissan e a Suhail Bahwan Automobiles (SBA).
Ghosn, que também tem nacionalidade libanesa e francesa, deveria ter sido julgado em Tóquio por peculato financeiro. Ele mora na capital do Líbano, país não extradita seus cidadãos.
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