Chefe de gabinete do governo do Acre é presa pela Polícia Federal

A chefe de gabinete do governo do Acre foi presa preventivamente pela Polícia Federal, nesta quarta-feira (22/12). Rosângela Gama é acusada de tentar obstruir as investigações sobre crimes de corrupção e lavagem de dinheiro cometidos por membros ligados ao Poder Executivo estadual. Trata-se da segunda fase da Operação Ptolomeu.

Na semana passada, a residência do governador Gladson Cameli (PP) foi alvo de busca e apreensão no âmbito da mesma força-tarefa. Na atual fase da operação, a PF detectou que servidores públicos, entre os quais Rosângela, estavam obstruindo a investigação. Eles estariam tentando destruir provas importantes para as apurações.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decretou a prisão preventiva de Rosângela Gama, assim como a imediata instauração de um novo inquérito policial para a suspeita de obstrução de investigação de organização criminosa. Os policiais federais também cumprem nesta quarta cinco mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos funcionários suspeitos, em Rio Branco.

Secretário estadual e tio do governador está entre os investigados

Entre os alvos de Operação Ptolomeu, há vários integrantes da cúpula do governo do Acre. Além do governador Gladson Cameli e da chefe de gabinete Rosângela Gama, são investigados o secretário estadual da Indústria, Ciência e Tecnologia, Anderson Abreu de Lima, que também é tio do governador; e o chefe de segurança do governador, Amarildo Camargo.

De acordo com a investigação da PF, o grupo criminoso aparelhou a estrutura do governo do Acre para desviar e lavar dinheiro público destinados à Saúde e à Educação. As empresas suspeitas de envolvimento têm contratos com o governo acreano, envolvendo repasses do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB).