Jogo Sujo

Governador do Acre também é suspeito de integrar organização criminosa

Gladson Cameli

O governador do Acre, Gladson Cameli (PP), é suspeito de integrar uma organzação criminosa que desviou recursos dos cofres do estado. Seu apartamento foi alvo de busca e apreensão no âmbito da Operação Ptolomeu, realizada pela Polícia Federal e pela Controladoria Geral da União na última quinta-feira (16/12).

O Palácio Rio Branco, a Secretaria de Estado da Indústria, Ciência e Tecnologia e a sede da Casa Civil também foram alvos. De acordo com os investigadores, há indícios de lavagem de dinheiro e de corrupção por parte de empresários e agentes políticos.

O STJ determinou o afastamento do chefe de gabinete, do secretário de Indústria, Ciência e Tecnologia e de mais dois funcionários de seus respectivos cargos. O chefe de segurança do governador também foi afastado. Em nota, Gladson Cameli afirmou que colabora com as investigações e que também incentiva o trabalho da Policia Federal.

A organização criminosa teria aparelhado a estrutura do governo do Acre para cometer os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Os suspeitos desviaram recursos públicos e ocultaram a destinação dos valores. A CGU apurou que as empresas que participaram do esquema tinham diversos contratos com o governo acreano. Parte desses contratos envolve convênios federais e repasses do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB).

Os policiais já identificaram transações financeiras suspeitas em contas correntes, transações de imóveis de alto valor e compras de veículos de luxo por valores mais baixos do que os de mercado. Os investigados frequentemente movimentavam grande quantidade de dinheiro em espécie, envolendo o uso do aparato de segurança pública do estado.

Redação

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