Jogo Sujo

Quadrilha desviou milhões por meio de Organizações Sociais na Saúde em SP

PF

O desembargador federal Paulo Fontes, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), decretou a prisão preventiva de um suspeito e restabeleceu a prisão preventiva de três investigados pela Operação Contágio, deflagrada na última terça-feira (23/11) pela Polícia Federal. Uma quadrilha teria desviado milhões de reais por meio por meio de Organizações Sociais (OSs) no estado de São Paulo.

Durante a ação, aos policiais apreendeam uma lancha de luxo e cumpriram quatro mandados de prisão. Entre os presos, há dois médicos. Foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão. Na casa de um dos médicos foram localizados R$ 200 mil. As Organizações Sociais (OSs) atuam na área da saúde nos municípios de Hortolândia, Embu das Artes e Itapecerica da Serra, no estado de São Paulo.

A Justiça também determinou também o bloqueio de R$ 40 milhões movimentados pela quadrilha e a suspensão da atividade econômica de algumas empresas subcontratadas que seriam utilizadas para a prática de crimes. A primeira fase da Operação Contágio ocorreu em abril deste ano.

As OSs receberam mais de R$ 300 milhões durante os últimos três anos, principalmente durante a pandemia, sem terem capacidade técnica para gerir os contratos. Foram praticados superfaturamento do fornecimento de bens e serviços, como plantões médicos e medicamentos, e simulação de prestação de serviços. De acordo com a PF, um guarda municipal participoudo esquema de lavagem de dinheiro. Ele sacou R$ 18 milhões em espécie. Os agentes ainda apreenderam R$ 500 mil em uma sala secreta da OS em Cotia (SP).

As investigações começaram após a Controladoria Geral da União (CGU) identificar que uma Organização Social (OS) sem capacidade técnica foi contratada pelas Prefeituras com indícios de fraudes e de direcionamento para contratos de prestação de serviços de saúde. Alguns contratos foram assinados emergencialmente durante a pandemia, sem licitação.

Redação

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