Jogo Sujo

Corrpução é o motivo de 65% das expulsões de servidores federais

Brasília

Desde janeiro de 2019, o governo Bolsonaro expulsou 1,5 mil servidores públicos, sobretudo, por crimes de corrupção. Os dados são Controladoria-Geral da União (CGU). Em 2019, 542 foram expulsos de seus cargos. Em 2020, 513 e, em 2021, foram 445 os demitidos.

Desde 2003 até hoje, período que inclui as administrações petistas, 8.858 servidores sofreram “sanções expulsivas”. Cerca de dois terços dessas expulsões (65%) aconteceram devido a casos de corrupção. Já 25% das expulsões foram realizadas por abandono, inassiduidade, acumulação ilícita de cargos ou peculato.

O Ministério da Economia lidera o ranking dos servidores expulsos por corrupção: 3.330. Outras Pastas que acumulam um alto número de servidores punidos são Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Segurança Pública. Entre os órgãos federais, estão o INSS, a Polícia Rodoviária Federal, a Receita Federal e a Polícia Federal.

São Paulo é o estado com o maior número de funcionários federais expulso. Em 2018, por exemplo, foram 85 expulsos. Naquele ano, o estado do Rio de Janeiro teve 67 servidores punidos e Brasília, 44. Chama atenção o fato de que, dos 7.766 servidores públicos estatutários expulsos desde 2003, nenhum deles saiu por insuficiência de desempenho. Apesar da hipótese estar prevista na Constituição há mais de 20 anos, a regra nunca foi regulamentada. A possibilidade também consta da Lei 8.112, de 1990.

Redação

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