Jogo Sujo

Corrupção no MEC: pastores suspeitos estiveram 35 vezes no Planalto

Palácio do Planalto

Alvos de denúncias de corrupção no Ministério da Educação, os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos estiveram ao menos 35 vezes no Palácio do Planalto durante o mandato do presidente Jair Bolsonaro. O escândalo envolvendo os religiosos derrubou o ministro Milton Ribeiro no final de março.

A lista de visitas dos religiosos foi revelada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), em uma lista difundida pela Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom). Os dados revelam 35 entradas de Arilton Moura na sede da Presidência da República, sendo 10 acompanhado de Gilmar Santos.

Na agenda oficial do presidente, há ao menos três encontros com os pastores em 25 de abril de 2019, 18 de outubro de 2019 e 14 de outubro de 2020. Uma reunião realizada no dia 18 de outubro de 2019, porém, não consta na lista divulgada pelo GSI.

Os pastores são acusados de pedir propina a prefeitos em troca de verbas federais do MEC. O hoje ex-ministro Milton Ribeiro foi flagrado em uma gravação dizendo ter recebido orientações do presidente Jair Bolsonaro para a liberação de verbas da pasta aos dois pastores.

De acordo com as informações da Secom, houve visitas aos quatro Ministérios lotados no Palácio do Planalto: GSI, Casa Civil, Secretaria de Governo (Segov) e Secretaria-Geral (SG), além da Vice-Presidência. Também consta uma visita dos pastores no gabinete-adjunto de agenda do Presidente da República, em 14 de outubro de 2020.

Para ingressar na Presidência da República, é necessária a autorização de um funcionário, cujos dados e departamento onde trabalha também permanecem no sistema. Essas registros são feitos a cada vez que um visitante passa pela recepção do Palácio do Planalto.

 

Redação

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