A CPMI que investiga fraudes no INSS aprovou requerimentos para acompanhar as visitas de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, ao órgão e ao Ministério da Previdência entre 2019 e 2025. Essa ação foi aprovada durante uma reunião em andamento no Congresso.
A Procuradoria Federal responsável pelo INSS foi solicitada a fornecer informações à comissão acerca das fraudes e da relação de Antunes com o ex-procurador Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho. O pedido faz parte do requerimento 238/2025, de autoria do senador Izalci Lucas (PL-DF).
Segundo o parlamentar, Virgílio foi afastado de suas funções por suspeitas de corrupção e teria recebido aproximadamente R$ 11,9 milhões de empresas intermediárias do esquema ilícito. Antunes é apontado como lobista e um dos principais envolvidos nas fraudes, sendo proprietário de várias empresas acusadas de participação nas atividades ilegais.
As investigações focam em descontos indevidos aplicados sobre benefícios previdenciários entre 2019 e 2024, alegando-se que essas ações estavam relacionadas a entidades inexistentes ou irregulares. Essas práticas foram reveladas pela Operação Sem Desconto, realizada pela Polícia Federal em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU).
Além disso, a CPMI decidiu solicitar informações a órgãos relacionados à Previdência Social e às investigações, incluindo a Dataprev, o Tribunal de Contas da União (TCU), a Polícia Federal, a CGU, o Supremo Tribunal Federal (STF), a Justiça Federal e a Procuradoria-Geral da República (PGR). Todos esses órgãos deverão fornecer dados ligados à Operação Sem Desconto.
O INSS também deverá prestar esclarecimentos sobre o programa Meu INSS Vale+, que possibilita a antecipação de benefícios. Houve oposição de um parlamentar ao pedido, alegando que o tema não se enquadra no escopo da comissão, mas a maioria decidiu aprovar o requerimento 252/2025.
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