Jogo Sujo

Diplomas falsos garantiam cargos de confiança em Sapucaia do Sul

Sapucaia do Sul

Dezessete pessoas, entre servidores e assessores da Prefeitura e da Câmara de Vereadores, foram indiciadas

Pelo menos nove servidores da Câmara de Vereadores e da Prefeitura do município gaúcho da Região Metropolitana de Porto Alegre apresentaram documentos falsificados para comprovar escolaridade e assumir cargos de confiança, informou a Polícia Civil. O prefeito Luis Rogério Link abriu sindicância e exonerou três funcionários.

Em um ano de investigações, 17 pessoas foram indiciadas pela Divisão de Combate à Corrupção da Polícia Civil. Eles devem responder pelos crimes de falsidade ideológica e uso de documento falso.

Os certificados eram usados por servidores que não tinham a escolaridade mínima necessária para assumir determinados cargos. Com a fraude, conseguiam preencher os requisitos para as vagas e receber salários de até R$ 5 mil.

“Não se pode esperar um serviço público prestado com aquilo que a sociedade espera porque se, ao ingressar no cargo público, essas pessoas já omitem a sua real escolaridade. É muito provável também que, no desempenho de suas atividades, elas não venham a se dar de acordo com o que a sociedade espera”, comenta o delegado Max Otto Ritter.

Assessores de vereadores são acusados de envolvimento
Na Câmara, a investigação aponta que ex-assessores de três vereadores também estão envolvidos. Marco Antônio da Rosa (PSB), Nelson Brambila (Solidariedade) e José Carlos Dutra dos Santos (MDB) foram indiciados. Eles negam participação em qualquer adulteração.

“A gente manda para o Recursos Humanos, mas não olha o documento de ninguém”, diz José Carlos.

“Não passa pelos vereadores. Eles chegam ao RH, apresentam a documentação e trabalham”, afirma Brambila. Ele foi afastado do partido, conforme o secretário geral da legenda, Marco Vieira.

“O meu assessor não apresentou atestado falso. Ele fez uma declaração que teria o atestado e apresentaria posteriormente. Só que o RH nunca cobrou esse documento”, alega Marco Antônio.

Fonte: G1 RS

Redação

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