Mais um caso de corrupção no DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) está sendo investigado pela Polícia Federal (PF). Nesta manhã (24/8), foi deflagrada a Operação Daia para combater a atuação de lobistas que favoreciam uma empresa operadora de portos secos no órgão. Agentes cumpriram 14 mandados de busca e apreensão em Goiás, Tocantins, São Paulo e Distrito Federal.
A Justiça Federal também determinou o bloqueio de valores dos suspeitos e o afastamento dos servidores de suas funções, como o diretor de Infraestrutura Ferroviária, Marcelo Almeida Pinheiro Chagas. A PF realizou buscas na sede do DNIT e na residência de Marcelo Chagas.
Desde que venceu a licitação realizada pela Receita Federal para explorar o Porto Seco de Anápolis (GO), a empresa investigada passou a ter problemas na fase de habilitação em relação ao terreno para construção do Porto Seco. Para superar o entrave, a empresa teria contratado lobistas para adquirir um terreno do DNIT, no Distrito Industrial de Anápolis, por um preço abaixo do mercado. Os lobistas teriam usado o pagamento de propina para arregimentar os servidores do DNIT, que cuidavam dos interesses da empresa junto ao órgão.
O terreno foi avaliado em R$ 11 milhões pelo DNIT, um valor muito abaixo do mercado, que era de R$ 44 milhões, conforme a PF. Os envolvidos vão responder pelos crimes de peculato, corrupção ativa e passiva, tráfico de influência e associação criminosa.
“Essa operação foi feita em parceria com nossa Subsecretaria de Conformidade e Integridade, criada por nós em 2019 e comandada pela delegada da PF, Fernanda Oliveira”, publicou em suas redes sociais o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas.
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