Jogo Sujo

Fraudes na Saúde do Distrito Federal também entram na mira da CPI da Covid

CPI Covid

A gestão da Saúde no Distrito Federal será colocada em cheque na CPI da Covid-19 no Senado Federal. Foram apresentados à comissão 21 pedidos de informação ou convocação para apurar suspeitas de desvios e fraudes cometidas em contratos da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) durante a pandemia, a maior parte denunciadas pela Operação Falso Negativo, deflagrada em 2020.

Há suspeitas de superfaturamento na compra de testes de baixa qualidade para a detecção do novo coronavírus. Os parlamentares querem convocar à CPI os réus da Operação para prestarem esclarecimentos.

A chamada CPI da Covid foi instalada no Senado Federal com o objetivo de apurar ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia. No entanto, a comissão não pode invadir a atribuição dos estados e do Distrito Federal, exceto nos casos que envolvem recursos da União repassados a governadores e prefeitos para o enfrentamento da crise. Este é exatamente o caso do DF, pois as denúncias investigadas pela Operação Falso Negativo estão apurando irregularidades cometidas no uso de verbas repassadas pelo Fundo Nacional de Saúde, de origem federal.

Um dos pedidos de convocação à CPI da Covid-19 é a do ex-secretário de Saúde do Distrito Federal, Francisco Araújo, apontado pelos investigadores como o líder da organização criminosa. Ele chegou a ficar preso durante dois meses e meio no ano passado, juntamente com o ex-secretário adjunto de Gestão em Saúde do DF, Eduardo Seara Machado Pojo do Rego;  o ex-subsecretário de Administração Geral da SES-DF, Iohan Andrade Struck; e o ex-diretor do Laboratório Central do DF, Jorge Antônio Chamon Júnior, além de assessores.

Redação

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