Jogo Sujo

Médico e ex-diretora de UPA do Amazonas condenados por fraudar contratos da Saúde

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Operação Maus Caminhos comprovou desvios de R$ 153,6 mil em contratos entre o Instituto Novos Caminhos e a empresa Salvare Serviços Médicos para o aluguel de equipamentos hospitalares

Em nova condenação no âmbito da Operação Maus Caminhos, conduzida para combater fraudes em contratos milionários firmados com o governo do estado do Amazonas, o médico Mouhamad Moustafá foi condenado a mais oito anos de prisão por desvios de R$ 153,6 mil da saúde do Amazonas em contrato de locação de equipamentos médicos para a UPA e Maternidade Tabatinga.

A decisão foi da juíza federal Ana Paula Serizawa. A ex-diretora da unidade de saúde, Pauline Campos, também foi condenada à prisão, assim como Priscila Coutinho e Jennifer Nayiara, demais envolvidas no esquema.

De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal, o desvio ocorreu no contrato do Instituto Novos Caminhos (INC) com a empresa Salvare Serviços Médicos para a locação de equipamentos hospitalares para a UPA Tabatinga. O aluguel dos itens foi pago em 11 parcelas de R$ 13,9 mil, entre agosto e 2015 a fevereiro de 2016, mas nem todos os equipamentos foram entregues, ficando constatado o desvio dos recursos de R$ 153.633,37, segundo a juíza federal.

Dentre os serviços, foi identificado um contrato, cujo objeto é a locação de equipamentos hospitalares, mais especificamente, um carro de anestesia, seis  monitores cardíacos, 20 bombas de infusão, tacógrafo, eletrocardiógrafo e ventilador mecânico, na UPA e Maternidade Tabatinga.

O médico Mouhamad foi condenado a mais oito anos e quatro meses de prisão em regime fechado e multado em R$ 1 milhão. Ele é apontado como o líder do esquema. A ex-diretora da UPA Tabatinga,  Pauline Sá Campos, foi condenada a quatro anos e dois meses de prisão em regime fechado e multada em R$ 78,8 mil. A juíza considerou que a médica contribuiu para o desvio de um aparelho.

A advogada Priscila Coutinho, braço direito de Mouhamad no esquema e sócia-administradora da empresa Salvare, foi condenada a mais cinco anos e 10 meses de prisão em regime domiciliar e multada em R$ 130 mil. O regime domiciliar foi concedido por Coutinho ser delatora no processo da Maus Caminhos.

A enfermeira Jennifer Nayiara, que foi presidente do INC, pegou mais um ano e oito meses em regime fechado e multa de R$ 33 mil. Ela também é delatora e por isso teve concedido o direito de recorrer da sentença em liberdade.

Redação

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