Jogo Sujo

Governo do Paraná nomeia acusada de peculato como superintendente de Desempenho Social

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O governo do Paraná criou mais uma superintendência na estrutura do Executivo, criada por meio de decreto: a Superintendência Geral de Desempenho Econômico e Social, que ficará sob a Casa Civil e terá como atribuição a articulação com a sociedade civil organizada. Para comandar o novo órgão, foi nomeada Keli Cristina de Souza Gali Guimarães. Ela é um dos alvos da Operação Fidúcia, deflagrada pela Polícia Federal em 2015 para combater crimes envolvendo entidades do terceiro setor.

A investigada é esposa do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) Fernando Guimarães. Ela já ocupou cargo comissionado na Assembleia Legislativa do Paraná, lotada na Comissão de Educação. O decreto da nomeação de Keli Cristina de Souza Gali Guimarães foi assinado pelo governador do Paraná em exercício, Darci Piana, e pelo secretário-chefe da Casa Civil, João Carlos Ortega.

O alvo principal da Operação Fidúcia é o Instituto Confiancce, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) de Curitiba, que realizou dezenas de parcerias com municípios do Paraná, a maioria na área da saúde. Keli trabalhou no Instituto Confiancce de 2007 a 2013, ao lado da sua tia, Cláudia Aparecida Gali, fundadora da Oscip. Ambas foram acusadas pelo Ministério Público Federal (MPF) de organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro.

A nova superintendente Geral de Desempenho Econômico e Social terá “participação na elaboração, aprovação e acompanhamento de projetos prioritários do governo estadual com segmentos da sociedade civil organizada” e também fará a “coordenação do apoio às iniciativas das entidades da sociedade civil organizada referentes a projetos especiais do governo relacionados à Agenda 2030 e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, entre outras atribuições.

A Casa Civil afirma que a nomeação de Keli Cristina Guimarães como Superintendente de Desenvolvimento Econômico e Social “foi feita com base em critérios técnicos e pelo reconhecimento de seus trabalhos na área das ODS, desde 2016”.

Redação

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