Jogo Sujo

Iges-DF superfaturou contratos de tecnologia em mais de 800%

IGES

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) está investigando contratos para serviços de informática do Instituto de Gestão Estratégica em Saúde (Iges). Uma operação deflagrada na última quarta-feira (16/3) cumpriu mandados de busca e apreensão na sede do Iges-DF, na Secretaria de Saúde e nas residências de empresários e gestores do contrato, entre eles do ex-secretário de Saúde do Distrito Federal, Francisco Araújo.

A suspeita é de superfaturamento de um contrato de R$ 33 milhões, crimes de peculato e organização criminosa formadapor servidores e empresas. Em 2019, o Iges-DF abriu processo para  a reestruturação da rede do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). A empresa selecionada teria de executar serviços de instalação e manutenção corretiva. Apenas quatro fornecedores indicaram orçamentos: Patrimonial Serviços Especializados LTDA., NB Comércio, Serviços e Construções Eireli-me, Wake Up Informática LTDA. e CL Serviços Tecnológicos.

As empresas são consideradas inaptas, ou seja, omitem declaração fiscal por dois anos seguidos. Havia relação entre os sócios da empresa vencedora e as outras concorrentes. Além disso, foi constatada a ausência de capacidade financeira.

A investigação é conduzida pela Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (Prosus) em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ambos do MPDFT. A ação tem apoio do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor) da Polícia Civil do DF.

Os alvosdos investigadores são Francisco Araújo Filho, Renato Ricardo Alves, Renato de Souza Santos, Vinicius Mota do Nascimento, Marcos Flávio de Souza, Edilmara Albino Dato, Pedro Igor Fernandes, Marcelo Araújo Meneses, Paulo Roberto Santos de Melo. As empresas invstigadas são Patrimonial Serviços Especializados LTDA., Patrimonial Segurança Eletrônica LTDA., NB Comércio, Serviços e Construções EIRELI-ME, Wake Up Informática LTDA. ME, M&M Projetos e Tecnologia EIRELI e Infinite Bank S/A.

Redação

Comentar