Em uma sessão que atravessou a madrugada de quinta para sexta-feira (6/3), a Câmara Municipal de Itaguaí, cidade da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, cassou o mandato do prefeito Charlinho Busatto (MDB) e do vice-prefeito Abelardo Goulart, o Abelardinho (PDT), por acusação de nepotismo. Foram 13 votos a favor e quatro contra o impeachment. O presidente da Câmara deve assumir o cargo ainda hoje.
Charlinho nomeou a esposa, Andréia Busatto, como secretária de Educação, enquanto o vice-prefeito nomeou a filha, Érika Goulart, como secretária de Esportes. A sub-secretária de Educação, Cristiane Fiorotti, seria esposa do secretário de Trânsito Nelson Donato Sobrinho.
Durante 90 dias de investigação, a Comissão ouviu testemunhas e analisou as provas apresentadas. Em sua defesa na casa legislativa, o prefeito acusou os vereadores de tentarem dar um golpe e afirmou não ter cometido nenhum tipo de improbidade.
Impeachment já havia sido negado três vezes
Esta foi a quarta sessão de impeachment feita pela Câmara – nas outras três, o pedido foi negado.
A denúncia de 1.062 páginas aponta que os custos aos cofres públicos dos vencimentos dos familiares nomeados chegam a mais de meio milhão de reais ao mês, totalizando quase sete milhões ao ano. Além disso, o relatório cita obras públicas paradas por falta de dinheiro.
O pedido de abertura da Comissão Especial Processante foi protocolado pela servidora municipal Hellen Oliveira Senna, dirigente do Movimento Unificado dos Servidores de Itaguaí e do Sindicato Municipal dos Servidores da Saúde.
É só olhar bem a cara do sujeito…
Nomear esposa como secretária é a maior cara de pau que já vi até hoje