A Procuradoria-Geral da República (PGR) decidiu prorrogar os trabalhos da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro. Porém, a partir de agora, a força-tarefa terá que atuar em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). O modelo adotado no Rio de Janeiro será parecido ao já existente em Curitiba.
Em dezembro, a PGR resolveu prorrogar as atividades dos procuradores fluminenses até o fim de janeiro. Na mesma decisão, estendeu os trabalhos do Paraná até outubro de 2021 e o incorporou ao Gaeco. Na prática, o novo formato marca o início de uma transição do atual modelo das forças-tarefas para uma nova estrutura.
Em nota, a PGR afirmou que o procurador-geral da República, Augusto Aras, “se comprometeu a apoiar as investigações em curso, com pessoal e estrutura, até o final de seu mandato, em setembro”. Para a Procuradoria-Geral da República, “com o Gaeco do Rio de Janeiro, os trabalhos desenvolvidos pela força-tarefa terão continuidade e institucionalidade”.
A criação do grupo no Rio foi aprovada pelos integrantes da Procuradoria da República no estado que, entre outras funções, deve auxiliar as investigações da força-tarefa fluminense. De acordo com a PGR, a quantidade e os membros dos integrantes serão definidos pela procuradoria local, com abertura de inscrição para os interessados. Depois de aprovados, os nomes serão submetidos a Aras. Os membros do Gaeco terão mandato de dois anos, prorrogáveis. Já existem Gaecos federais em Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pará e Amazonas.
Para alguns especialistas jurídicos, a decisão da PGR de incorporar ao Gaeco a força-tarefa pretende diminuir o personalismo de algumas operações, que serão ainda mais fiscalizadas e controladas.
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