Jogo Sujo

Lava Jato de Curitiba é dissolvida após sete anos, anuncia o MPF do Paraná

Lava Jato

A Operação Lava Jato de Curitiba não existe mais desde o dia 1º de fevereiro deste ano. Quem fez o anúncio foi o próprio grupo de procuradores do Ministério Público Federal do Paraná. A medida representa o fim de uma força-tarefa que foi decisiva nos rumos da política nacional, mas que perdeu credibilidade nos últimos anos.

Quatro de seus integrantes vão passar a integrar o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com mandatos até agosto de 2022, o que vai garantir a continuidade das investigações que já estão em curso. Os Gaecos são referências no combate ao crime organizado nos Ministérios Públicos estaduais desde 2013.

Os casos que faziam parte do acervo da Lava Jato serão conduzidos por procuradores alocados no Gaeco, sem dedicação exclusiva. Sucessor de Deltan Dallagnol na coordenação do grupo, Alessandro Oliveira continuará investigando os casos. Outros dez membro poderão atuar até 1º de outubro de 2021, mas de forma eventual ou em procedimentos específicos. Eles não vão integrar o Gaeco e terão que retornar às suas cidades de origem. Nenhum deles está lotado em Curitiba.

A medida cumpre uma portaria assinada em dezembro de 2020 pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, um crítico da Lava Jato. Aras já havia declarado que iria impor uma “correção de rumos” nas forças-tarefa do Ministério Público, por meio da adoção de um novo modelo de investigação sem métodos personalistas.

Redação

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