Jogo Sujo

MP-SP apura repasse de R$ 33 milhões para escolas de samba mesmo sem Carnaval

desfile Anhembi

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) instaurou  nesta semana um procedimento para apurar eventuais irregularidades cometidas no repasse de R$ 33 milhões feito pela prefeitura paulista para escolas de samba e agremiações, apesar do cancelamento dos desfiles e das festividades do Carnaval de 2021.

O procedimento foi distribuído para a promotora de Justiça Karyna Mori e está na fase inicial. Por isso, ainda não virou inquérito. Por causa da pandemia do novo coronavírus, os desfiles carnvalescos foram suspensos. O promotor Christiano Jorge Santos, da Promotoria do Patrimônio Público, disse que pode haver indícios de improbidade administrativa no caso e instaurou a investigação para checar “eventuais irregularidades no repasse”.

Inicialmente, a prefeitura havia informado à Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo que o evento deveria ocorrer em julho. Porém, com o agravamento dos casos de Covid-19 e a falta de uma data para a imunização da população, o Carnaval foi cancelado pelo prefeito Bruno Covas (PSDB) em anúncio oficial.

Prefeitura alega existência de contrato com a SPTuris

Em comunciado, a Prefeitura de São Paulo informou que “o contrato firmado com a SPTuris, ainda em 2020, é de R$ 33 milhões e neste momento estão sendo estudadas alternativas para aplicação nos desfiles de 2022”.

No dia 13 de fevereiro, foi publicada no Diário Oficial da Cidade de São Paulo a ordem de pagamento de mais de R$ 20,4 milhões referente à contratação de serviços de apoio institucional ao Carnaval Paulistano 2021 com apresentações de espetáculos artísticos e culturais por agremiações, escolas, blocos e cordões carnavalescos.

“Autorizo a emissão de Nota de Reserva com Transferência de Recursos para a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, no valor de R$ 20.479.475,00 para as despesas referentes a 3ª, 4ª, 5ª, 6ª e 7ª parcelas do Carnaval, em favor da empresa São Paulo Turismo”, segundo o Diário Oficial.

Segundo a Liga SP, apesar da diminuição do ritmo de produção nos barracões das escolas, os trabalhos continuaram. São 14 escolas no Grupo Especial, 8 no Acesso I e outras 12 no Acesso II, que deveriam ter desfilado no Sambódromo do Anhembi neste mês.

Redação

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