Redação
A Procuradoria da República no Distrito Federal decidiu instaurar uma apuração preliminar para verificar se os ministros do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e do Turismo, Gilson Machado, cometeram atos de improbidade administrativa. Suspeita-se de irregularidades na indicação, por parte de Rogério Marinho, de R$ 1,4 milhão do orçamento da União para construir um mirante turístico.
A obra poderia beneficiar o ministro do Desenvolvimento Regional, pois encontra-se perto de um terreno onde Marinho lançará um condomínio privado, no município de Monte das Gameleiras, no Rio Grande do Norte. O empreendimento será erguido em sociedade com um assessor, Francisco Soares de Lima Júnior.
Em relação ao ministro do Turismo, Gilson Machado, os procuradores deverão avaliar se houve omissão.
Por enquanto, os ministros não são formalmente investigados. Caso os procuradores avaliem que existem indícios contra ambos, um inquérito poderá ser aberto para investigar os atos.
O procurador da República Paulo de Carvalho foi quem abriu a procuração, a partir de uma representação da deputada Natália Bonavides (PT-RN).
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a verba integra o chamado orçamento paralelo, originário do pagamento das emendas de relator do orçamento. Tais emendas, previstas no orçamento de 2021, somam R$ 18,5 bilhões. Diferentemente das emendas individuais, de deputados e senadores, tais emendas não seguem critérios transparentes.
A destinação do dinheiro é definida durante acertos informais entre parlamentares aliados e o governo federal. Por isso, é chamado de orçamento paralelo.
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