Jogo Sujo

Operação Morfina apura desvio de R$ 500 milhões no Ipasgo de Goiânia

Investigação aponta que servidores cadastravam irregularmente clínicas, médicos e laboratórios

A Polícia Civil fez uma operação em 1º de julho para investigar a suspeita de fraude e desvio de R$ 500 milhões do Instituto de Assistência dos Servidores do Estado de Goiás (Ipasgo). Segundo as investigações, servidores da área de tecnologia da informação cadastravam irregularmente clínicas, médicos e laboratórios, que começavam a receber dinheiro do plano de saúde. Em um dos casos, um laboratório recebeu por 200 exames de sangues feitos a um único paciente. Durante a operação, oito servidores públicos foram afastados dos cargos e foram cumpridos quatro mandados de busca a apreensão.

Em nota, a atual gestão do Ipasgo disse que apoia as investigações e que as irregularidades foram cometidas por servidores de uma empresa terceirizada, contratada em 2011.

— Uma empresa ou um profissional liberal procurava o Ipasgo, não tinha os requisitos necessários para o credenciamento, mas corrompiam agentes públicos, que usavam CPF falsos e faziam a inserção no sistema e o Ipasgo começava a pagar pelos serviços credenciados ilegalmente. Dos 600 mil usuários regulares no sistema, nós temos uma expectativa de que 15% a 20% não sejam servidores públicos e não tenham a condição de estar participando dessa rede credenciada — explicou o secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda.

A estimativa inicial é que, de 2011 até agora, os prejuízos tenham chegado a R$ 500 milhões. Também existe a suspeita de que havia a inserção fraudulenta de usuários do plano de saúde, que é apenas para servidores públicos e dependentes.

Fonte: G1

Redação

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