Jogo Sujo

Quadrilha de transporte ilegal de combustíveis é alvo de operação no RJ e em SP

PRF

O transporte ilegal de combustíveis no estado do Rio de Janeiro entrou na mira da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Ministério Público estadual (MPRJ).  Em uma operação conduzida nesta terça-feira (15/12), batizada como Desvio de Rota, 110 policiais rodoviários federais cumpriram 25 mandados de busca e apreensão no Rio e nove em São Paulo contra a quadrilha, que sonegou mais de R$ 1 bilhão.

De acordo com os investigadores do MP, a quadrilha comprava etanol de usinas em São Paulo, onde a alíquota do ICMS é de 25%, enquanto no Rio de Janeiro é de 32%. O combustível era  transportado para o Rio em rodovias federais sem nota fiscal ou com a nota fiscal reaproveitada. Em seguida, o material era distribuído na Região Metropolitana do RJ, inclusive na Baixada Fluminense.

Um dos mandados foi cumprido contra um sargento da PM no Batalhão da Polícia Rodoviária de Niterói

Um dos mandados da operação foi cumprido no Batalhão de Polícia Rodoviária de Niterói, na região metropolitana do RJ, contra um segundo sargento da PM, suspeito de integrar a quadrilha. Entre os alvos da Desvio de Rota, estão policiais, empresários e proprietários de postos de gasolina e de caminhões. Os policiais já apreenderam mais de 70 carretas que transportaram mais de três milhões de litros de etanol com irregularidades fiscais no Rio.

A quadrilha de transporte ilegal de combustível estava organizada em três núcleos: alto escalão, núcleo logístico e núcleo dos receptadores do etanol irregular. Outra tática usada pelos criminosos era a presença de “batedores” à frente dos caminhões para verificar se havia fiscalização ou operação nas rodovias. Os cofres públicos tiveram um prejuízo de cerca de R$ 1 bilhão em sonegação fiscal.

Segundo a PRF, os agentes descobriram que a quadrilha transportava combustível irregular durante abordagem executada em rodovias, ao constatarem as notas fiscais adulteradas e a mudança de rotas. Os suspeitos podem responder por sonegação fiscal e organização criminosa.

Redação

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