Jogo Sujo

Polícia faz buscas na casa do governador do Tocantins Mauro Carlesse por suspeita de contratar funcionários fantasmas

mauro carlesse

Policiais da Operação Assombro também apreenderam documentos no gabinete do político do DEM

O governador do Tocantins, Mauro Carlesse (DEM), é alvo de uma operação da Polícia Federal deflagrada nesta terça-feira (17/3), com o apoio da Procuradoria-Geral da República (PGR). Buscas foram feitas no gabinete e na casa de Carlesse. A Operação Assombro tem com o objetivo desarticular um esquema de desvio de dinheiro público por meio da contratação de funcionários “fantasmas”.

Os mandados foram emitidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), devido ao foro privilegiado dos investigados.

A ação é resultado da Operação Catarse, desencadeada em dezembro de 2018.

Além da obtenção de novas provas, busca-se interromper “a continuidade das supostas ações criminosas, delimitar a conduta dos investigados, melhor dimensionar a quantidade de funcionários fantasmas, identificar e recuperar ativos frutos dos desvios, além de resguardar a aplicação da lei penal”, informou a PF.

A PGR afirmou que os próprios funcionários fantasmas confirmaram não terem recebido os salários que constam na folha de pagamento do Estado.

Os suspeitos poderão responder pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Governo do estado nega irregularidades
Em nota, o governo de Tocantins afirmou que está apoiando as investigações da PF.

“Cabe relembrar que, ao assumir o Governo do Estado em abril de 2018, o governador Mauro Carlesse recebeu o Poder Executivo com gastos de 58,22%, portanto, desenquadrado na Lei de Responsabilidade Fiscal. Devido a vedação pela Justiça Eleitoral por conta das eleições suplementares e ordinárias, o Governo do Estado ficou impedido até 31 de dezembro de 2018, de realizar redução de gastos com pessoal. Ainda em 2018, o Governo do Estado deu início ao recadastramento de todos os servidores públicos e implantou um rigoroso  controle da folha de frequência, visando coibir velhas práticas na atual gestão”, diz o comunicado.

Prossegue a nota: “A redução de gastos com folha de pagamento só foi possível após a realização da Reforma Administrativa implentada pela atual gestão a partir de 1º de janeiro de 2019, que resultou na redução de 50% no número de contratos temporários e também 30% no número de cargos em comissão na estrutura do Governo do Estado. Aliado às demais medidas de redução de despesas do Governo, em agosto de 2019, o Estado do Tocantins foi declarado reenquadrado na Lei de Responsabilidade Fiscal com um índice 47,67% de seus gastos com folha de pagamento e tendo chegado a 46,92% nos dias atuais”.

Redação

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