Jogo Sujo

Corretores e empresas noteiras do setor de grãos sonegaram R$ 1 bilhão em impostos em sete estados

Operação da Receita Federal

Operação da PF e da Receita cumpriu mandados de busca e apreensão contra produtores rurais e corretores de comércio de milho, soja e feijão que usavam notas frias

A Operação Quem Viver Verá, segunda fase da Operação Ceres, da Receita Federal e Ministério Público, foi deflagrada para combater crime de sonegação fiscal de R$ 1 bilhão por ano em notas frias em oito estados no setor de comércio de grãos. O esquema milionário é comandado por corretores de milho, soja e feijão, e envolve dezenas de empresas noteiras situadas em diversos estados da federação, produtores rurais, contadores, operadores de empresas de fachada e empresários, que há anos fraudavam os fiscos através de notas frias.

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão e quebra de sigilo bancário e telemático de pessoas físicas e jurídicas em Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Distrito Federal, Paraná, Bahia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. As investigações foram iniciadas no estado mineiro, em 2017, pela Equipe de Combate a Fraudes da Receita Federal (RFB). Entre os alvos, estão pelo menos 55 corretores de grãos e 22 empresas responsáveis pela emissão de “notas frias”.

Para os responsáveis pela investigação, o objetivo é desarticular  e punir organização criminosa, envolvendo produtores rurais, contadores, operadores de empresas de fachada e empresários, que há anos fraudavam os fiscos, com uma movimentação estimada de R$ 1 bilhão por ano em notas frias.

A Operação Ceres já havia identificado, no ano passado, um novo e importante ator do gigantesco esquema de sonegação tributária no setor de grãos de todo o país: os corretores de grãos. Em parceria com as indústrias, os corretores são apontados como os verdadeiros protagonistas que fomentam a proliferação de empresas noteiras. Os corretores são os responsáveis pelas negociações com os produtores rurais e com as indústrias adquirentes de feijão, soja, milho, etc, bem como por demandar às noteiras a emissão das notas fiscais.

 

Redação

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