Jogo Sujo

Quadrilha do agronegócio sonegou mais de R$ 1,5 bilhão em Minas Gerais

Empresas de fachada teriam sido usadas para sonegar impostos

A Receita Federal descobriu um esquema bilionário de sonegação fiscal operado por produtores rurais de Minas Gerais, mas que pode ter alcançado ao menos 12 estados e o Distrito Federal. O caso envolve produtores do setor de grãos, principalmente feijão, soja e milho, mas pode chegar às indústrias alimentícias do Brasil que compravam os produtos originados de sonegação. O Ministério Público de Minas Gerais abriu uma investigação sigilosa em agosto de 2018, chamada Operação Ceres.

Foram detectadas irregularidades fiscais envolvendo 487 produtores rurais de 137 municípios brasileiros, divulgou o MP em junho. Eles teriam feito transações com empresas de fachada usadas para gerar notas fiscais falsas com o objetivo de sonegar impostos. A estimativa das autoridades é recuperar pelo menos R$ 1,5 bilhão sonegado do imposto estadual do ICMS, porém o material também será encaminhado à Receita para a cobrança dos impostos federais sonegados.

Para escapar do ICMS e do Imposto de Renda, o contribuinte vendia toda a sua produção agrícola sem nota fiscal. Mas, para poder fazer o transporte dessa mercadoria e a venda para a indústria alimentícia, ele buscava empresas “noteiras” de fachada, explicou o coordenador do Núcleo de Acompanhamento Criminal da Superintendência Regional da Fazenda de Uberlândia, Flávio Silva Andrada.

Redação

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