Jogo Sujo

Lava Jato denuncia seis pessoas por corrupção em contratos do DER- RJ

Ex-chefe de gabinete do órgão é acusado de receber propina em contratos de monitoramento de estradas e de favorecer empresa do irmão

A força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro denunciou à Justiça Federal o ex-chefe de gabinete da Fundação Departamento de Estradas de Rodagem do Rio de Janeiro (DER-RJ), Lineu Martins, na gestão do ex-presidente Henrique Ribeiro, e mais cinco pessoas, por corrupção passiva, ativa e lavagem de dinheiro. A partir de acordos de leniência e colaboração premiada, o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF-RJ) identificou o pagamento de propina de R$ 875 mil, recebida por Lineu nos contratos do DER com a empresa Route Tecnologia.

Na denúncia, o MPF afirma que Lineu tinha por função acompanhar, fiscalizar e controlar a execução de contratos e convênios firmados com o DER. A empresa Route integrava o Consórcio Guanabara, contratado em 2010 para a prestação de serviços de fiscalização de trânsito, operação e gestão nas vias sob a jurisdição do órgão. Para tanto, apresentou a proposta de leitura de placas de veículos em tempo real e o monitoramento de estradas por motocicletas equipadas com câmera. Para desenvolver o sistema, Lineu forçou a subcontratação da empresa Softhard Soluções, administrada por seu irmão Andriano Martins, e que tinha como sócia sua mulher, Juliana Castilho, ambos também denunciados.

Os procuradores da República informaram na denúncia que, “devido aos sócios da empresa serem o irmão e a esposa de Lineu, a apropriação da propina por este estava sobremodo facilitada, podendo o denunciado usufruir dos valores ilícitos de variadas formas, de difícil rastreamento. Cumpre ressaltar que os depósitos feitos pela Route Tecnologia à Softharde às vezes eram maiores que o previsto mensalmente para os contratos, tendo em vista que não era incomum haver atrasos no pagamento por parte do governo fluminense”.

Pagamentos
De acordo com o MPF-RJ, eram pagos R$ 51 mil por mês pelo serviço. Na análise das movimentações bancárias também foi identificado o repasse mensal de RS 62,5 mil por pouco mais de um ano, o que correspondia a 16 vezes do valor do contrato da Route com o DER e a transferência, em sequência, dos mesmos R$ 625 mil de Adriano para Juliana.

Fonte: Agência Brasil

Redação

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