Marcos André Riscado de Brito é apontado como o operador de um esquema de corrupção em nome do então prefeito de Macaé, Doutor Aluízio
O novo diretor-geral da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), nomeado pelo presidente Rodrigo Bacellar (PL), é réu num processo por corrupção na Justiça Federal.
Os homens de confiança de Bacellar foram anunciados nesta segunda-feira (6). Entre eles está o novo diretor-geral da Alerj — Marcos André Riscado de Brito — cuja função é cuidar da nova sede, o Alerjão.
As acusações que recaem contra ele, no entanto, remetem ao período em que a outra sede — o Palácio Tiradentes — inspirou investigações.
A sala do Palácio Tiradentes, a Furna da Onça, virou até nome de operação.
Marcos André Riscado de Brito vai ter que dividir o tempo entre a administração da sede da casa legislativa e a defesa em um processo de corrupção. A ação corre em um processo sigiloso na Justiça Federal.
A investigação apura “esquemas criminosos consistentes na solicitação e no recebimento de vantagens indevidas (propina)”.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), os depoimentos foram corroborados com provas. E os investigadores pedem a condenação do novo diretor da Alerj por corrupção passiva, cuja pena pode chegar a 12 anos de prisão.
A investigação assinala ainda que o novo diretor-geral da Alerj teve movimentação financeira significativa nos anos de 2012, 2013 e 2016.
Naqueles anos, ele não apresentou a Declaração de Imposto de Renda de Pessoa Física.
Outra nomeação para um cargo estratégico da casa foi o do novo promotor da assembleia: Robson Tadeu de Castro Maciel Júnior. Ele foi chefe de gabinete de Bacellar na assembleia.
O escritório dele também já tinha sido contratado para prestar serviços para a campanha do governador Cláudio Castro (PL). Recebeu R$ 50 mil, em 16 de agosto do ano passado, menos de três meses depois de ter sido aberto.
O que dizem os citados
O diretor-geral da Alerj, Marcos Brito, disse que já ocupou vários cargos públicos e que não tem qualquer tipo de impedimento ou condenação.
O procurador-geral Alerj, Robson Tadeu de Castro, afirmou que tem conduta ilibada em mais de 15 anos de advocacia e que a sua contratação para a campanha de Cláudio Castro se deu através de processo regular, não havendo qualquer ilegalidade na data de criação do escritório.
O RJ2 não conseguiu contato com o ex-prefeito de Macaé, Doutor Aluízio.
Nota da Alerj
“O diretor-geral da Alerj, Marcos André Riscado de Brito, é servidor efetivo do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ), atuou como secretário-geral do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) e controlador-geral nos municípios de Macaé e São João da Barra. Ocupou todos os cargos sem qualquer tipo de impedimento ou condenação, sendo ficha limpa no serviço público.
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