Jogo Sujo

Presos empresários envolvidos em fraudes no Instituto de Psiquiatria da UFRJ

IPUB/UFRJ

A Polícia Federal deflagrou a segunda fase da Operação Pronta Emergência nesta quinta-feira (8/7). A força-tarefa investiga irregularidades em contratos assinados pelo Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPUB/UFRJ). No âmbito da operação, dois empresários foram presos e três servidores do instituto acabaram afastados.

Os empresários presos foram identificados como Celso Fernandes de Mattos e Fábio Tonassi, sócios da Lled Soluções. Ambos também são acusados de fraude na reforma de galpões do Ministério da Saúde, na Zona Norte do Rio, sem processo de licitação, autorizada pela gestão do general Eduardo Pazuello. De acordo com a PF, há indícios de cotações fictícias e superfaturadas, e direcionamento da contratação mediante pagamento de vantagens indevidas a servidores.

Os investigados vão responder por organização criminosa, peculato e fraudes em licitação. De acordo com a investigação, os servidores, em troca de recebimento de valores indevidos, se associaram a empresários que eram favorecidos em contratos com o IPUB. O Instituto é referência nacional em pesquisa acadêmica sobre psiquiatria e também em assistência, contando atualmente com 191 leitos psiquiátricos.

A Reitoria da UFRJ afirmou, em nota, que “contratações desta natureza podem ser necessárias na Administração Pública, principalmente no âmbito de hospitais, conforme previsto na Lei Federal nº 8666/93, visando ao atendimento de demandas que exijam rapidez e eficácia. Os procedimentos investigatórios são necessários e aguardamos a apuração dos fatos. Integralmente pautada pela idoneidade, a Reitoria repudia qualquer ação que atente contra os princípios que balizam a Administração Pública, elencados na Constituição Federal”.

Conforme o blog noticiou, a Polícia Federal deflagrou a primeira fase da Operação Pronta Emergência em fevereiro deste ano. Os recursos públicos sob suspeita de irregularidades chegavam ao valor de R$ 6 milhões, segundo a investigação na época. Uma ação naquele mês cumpriu dez mandados de busca e apreensão na capita fluminense, em Duque de Caxias (RJ) e Rio Bonito (RJ).

Redação

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