Jogo Sujo

Quadrilha que fraudou contrato de R$ 10 milhões para fornecimento de papel no governo Pezão é presa

Mansão sequestrada

Mansões com piscina em Angra dos Reis, fazendas, lanchas e outros bens comprados pelos acusados foram sequestrados por agentes da Polícia Civil durante a Operação La Casa de Papel

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu nesta terça-feira (12/11) quatro pessoas acusadas de pertencer a uma quadrilha que fraudou contratos firmados pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão para aquisição de papel, durante o governo de Luiz Fernando Pezão (MDB), em 2016. No total, seis mandados de prisão temporária e 15 de busca e apreensão foram expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada do Crime Organizado do Tribunal de Justiça do Rio.

Foram detidos Robson Silva Portugal, Sthefany Alves Marques, Valter Marques Filho e Walter José da Silva (apontado como o chefe do grupo e detido dentro de um apartamento de luxo em Icaraí). Eles também foram alvos dos mandados de busca e apreensão, assim como Emily Marques de Souza, Evelyn Marques de Souza, Giselle Teixeira Mendonça e as empresas Diboa Comerical LTDA e Somar Rio Distribuidora LTDA. Sobrinhas de Valter, Emily e Evelyn, sócias na Somar Rio, estão na Irlanda. Na casa de Walter, os agentes encontraram mil dólares e R$ 20 mil em espécie.

— O departamento de lavagem desbaratou um esquema criminoso de fraude a licitações e visou além das prisões, o sequestro de bens para o devido ressarcimento dos recursos públicos — afirmou Patricia Alemany, delegada do Departamento Geral de Combate à Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD).

Duas ofertas diferentes foram enviadas do mesmo computador
O prejuízo gerado pelas fraudes nos acordos para aquisição de papel ultrapassou R$ 10 milhões. De acordo com as investigações, iniciadas pela Controladoria Geral do Estado, a quadrilha fez, de um mesmo computador, duas ofertas diferentes para a licitação. Entretanto, as propostas foram feitas de forma combinada para o pregão.

Os agentes realizam também o bloqueio de contas bancárias dos investigados e o sequestro de bens, fazendas e imóveis avaliados em aproximadamente R$ 10 milhões nos municípios do Rio de Janeiro, Duque de Caixas, Angra dos Reis, Araruama e Santa Maria Madalena.

Redação

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