O TCU (Tribunal de Contas da União) elaborou pelo menos 278 auditorias para apurar suspeitas de prejuízos nos cofres públicos das Forças Armadas nos últimos 20 anos. O levantamento foi feito pelo jornal O Estado de S. Paulo. As investigações se referem às Tomadas de Contas Especiais (TCEs) em unidades militares e no Ministério da Defesa. As 278 auditorias representam cerca de 10% dos 2.743 processos do tipo abertos desde 2001, que incluem associações privadas e partidos políticos. Do total de apurações abertas, apenas 77 foram encerradas pelo tribunal.
Os investigadores apuram desde suspeitas, como fraudes em obras nas Forças Armadas, desvios de combustíveis de navios da Marinha e pagamentos indevidos de pensões. Os ministros do TCU abriram, em 14 de julho, uma investigação da conduta de militares do Exército e da Aeronáutica que supostamente agiram para favorecer uma empresa de Brasília em uma licitação de compra de móveis de escritório, no valor de R$ 120 milhões.
Uma das licitações investigadas envolve a unidade da Aeronáutica Grupamento de Apoio de Barbacena (MG) e a 11° Brigada de Infantaria Leve do Exército, em Campinas. No caso da Aeronáutica, o TCU investiga a compra de cerca de 1000 poltronas por quase R$ 1 milhão.
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