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Operação Covil-19 combate fraudes no combate à pandemia em Guarulhos (SP)

operação covil-19

Duas operações para investigar desvios de recursos públicos em Guarulhos, município da Grande São Paulo, foram realizadas pela Polícia Federal, no âmbito da Operaçao Covil-19. Um dos contratos suspeitos foram firmados para combater a pandemia da Covid-19 em 2020.

As investigações tiveram início após análises do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre suspeitas de irregularidades na contratação, sem licitação, de empresas privadas e organização social para a prestação de serviços diversos junto ao hospital de campanha instalado em Guarulhos, em março de 2020. O valor dos contratos passa de R$ 53 milhões. Foram contratados serviços para montagem da estrutura do hospital de campanha, fornecimento de serviços médicos, alimentação e locação de equipamentos. Uma microempresa sediada em Minas Gerais recebeu grande parte dos valores pagos. No entanto, de acordo com a PF, a empresa não possui condições econômicas para arcar com o contratado.

Já a Operação Florença, desencadeada na mesma manhã, investiga fraudes na compra de máscaras pela Prefeitura de Guarulhos com recursos federais destinados ao combate à pandemia. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em residências, empresas e órgãos públicos em Artur Nogueira (SP), Campinas (SP), Guarulhos(SP), Monte Mor(SP), São Caetano do Sul (SP), São Paulo, Três Lagoas (MS) e Teófilo Otoni (MG). Há suspeitas de fraude ao caráter competitivo da licitação,  dispensa irregular, associação criminosa, corrupção, peculato e lavagem de dinheiro.

A Prefeitura de Guarulhos comunicou que está à disposição para esclarecer os fatos e que cumpre a legislação.

“A Secretaria Municipal de Saúde acompanha a operação da PF, colocando-se à disposição para todos esclarecimentos necessários. Informa ainda que todos contratos firmados no início da pandemia seguiram a legislação vigente e sempre tiveram como objetivo a preservação de vidas. Somente no hospital de campanha, mais de 100 mil pessoas passaram pelos mais diversos tipos de atendimento, desde exames laboratoriais e de alta complexidade, até internações, inclusive em UTIs, durante os mais de 6 meses em que se manteve em operação. Caso qualquer irregularidade seja identificada, o Município é parte interessada, até mesmo para que o erário público seja ressarcido.”

Redação

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