A 11ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro manteve o bloqueio de R$ 65 milhões contra os empresários Miguel Iskin e Gustavo Estellita, acusados de criar um sistema organizado que desviou milhões da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, no âmbito de ação de improbidade proposta pela PGE-RJ (Procuradoria-Geral do Estado do Rio de Janeiro). O processo decorre da Operação Fratura Exposta, braço da Lava Jato no Rio. Eles haviam recorrido de decisão de primeira instância que determinou a constrição.
A acusação indica que o desvio se deu desde o início do governo Sergio Cabral, em 2007. Segundo a PGE, o ‘ex-secretário de Saúde Sérgio Côrtes teria implementado, na SES, uma logística de desvios de valores, que já usava no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into)’. “Segundo consta nos autos, ele direcionava contratações de material hospitalar do Estado para Miguel Skin, Gustavo Stelita, que, por sua vez, beneficiavam diretamente todas as empresas ligadas a eles”.
Além do direcionamento dos fornecedores, segundo a Procuradoria do Estado do Rio, ‘havia também o pagamento de 10% de mesada sobre o valor faturado de cada contrato, com a seguinte distribuição’:
5% para Sérgio Cabral
2% para Sergio Côrtes
1% para Sergio Romero
1% para “alguém do tribunal de contas do Estado- TCE”
1% para os operadores financeiros de Sergio Cabral
Fonte: R7
Imagem: José Lucena/11.04.2017/Futura Press/Folhapress
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