Jogo Sujo

Corsan foi lesada em quase R$ 700 mil por esquema de obras fantasmas

Corsan

A Companhia Rio-grandense de Saneamento (Corsan) foi lesada por um esquema de superfaturamento, obras fantasmas e desvio de tubulações. Em três anos, os prejuízos à Corsan teriam sido de quase R$ 700 mil. A denúncia foi feita por um funcionário da estatal,, dando origem a uma investigação da Polícia Civil e do Ministério Público (MP) em São Marcos, na Serra do Rio Grande do Sul. Diversas irregularidades foram apontadas por uma auditoria interna da empresa.

O funcionário relatou à Justiça que,a Corsan paga uma empreiteira até por reparos realizados pela Prefeitura. As denúncias na Corsan existem desde 2018, quando uma auditoria interna apontou tais problemas. A Corsan afirmou em nota que tomou providências, como o bloqueio de pagamentos à empreiteira, abertura de processos administrativos e novas medidas de controle interno.

Um mesmo serviço foi cobrado três vezes à estatal pela empreiteira JLV, que teria subcontratado uma empresa pertencente à sogra do servidor Márcio Rabeschini para realizar as obras, apontou uma das auditorias. As análises constataram que reparos custaram à Corsan R$ 13,5 mil, porém o valor real das obra não passaria de R$ 3 mil.

O promotor de justiça Evandro Kaltbach explicou que, uma vez estabelecida perfeitamente qual a conduta praticada tanto pelo servidor quanto pela empresa contratada pela execução do serviço, as possibilidades de penalidade são a reparação integral do dano, eventualmente multa civil, a demissão do servidor público, “caso adequada e proporcional ao fato por ele praticado, e também a proibição de contratação dessa empresa pelo poder público em novas licitações”.

A Polícia Civil de São Marcos também está investigando uma denúncia de desvios com suspeitas da participação do servidor citado na auditoria, Marcio Rabeschini.

Redação

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