Jogo Sujo

TJ-RJ quebra sigilo de 11 ex-assessores do vereador Carlos Bolsonaro

Carlos Bolsonaro

O juiz Marcello Rubioli, da 1ª Vara Criminal Especializada do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio), autorizou a quebra de sigilos fiscal e bancário do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). Além disso, ele autorizou o afastamento do sigilo dos registros de chamadas telefônicas de 11 ex-funcionários do político na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

A decisão teve como base um pedido do MP-RJ (Ministério Público do Rio). O juiz autorizou ao identificar “indícios rotundos de atividade criminosa em regime organizado”. Ele escreveu que Carlos é “citado diretamente como o chefe da organização”. A 3ª PIP (Promotoria de Investigação Penal) está investigando a existência da prática de rachadinha, ou seja, o repasse ilegal de salários dos assessores, e da nomeação de “funcionários fantasmas”.

A partir de agora, os investigadores do caso têm acesso aos dados armazenados nos celulares de 11 ex-assessores do gabinete, como histórico de chamadas telefônicas efetuadas e recebidas, dados cadastrais, de conexão com Wi-Fi, de localização e das antenas usadas pelos investigados enquanto trabalharam na Câmara do Rio, entre os anos de 2005 e 2019.

Os alvos incluem sete familiares de Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro e ex-chefe de gabinete de Carlos (2001 a 2008) . Os investigados são André Valle e Andrea Valle, irmãos de Ana Cristina; Marta Valle, cunhada de Ana Cristina, Gilmar Marques, ex-cunhado de Ana Cristina; Guilherme Henrique de Siqueira Hudson, primo de Ana Cristina, e sua mulher Ananda Hudson; e Monique Hudson, cunhada de Guilherme de Siqueira Hudson. Ana Cristina e Carlos Bolsonaro, no entanto, não foram alvos da quebra de sigilo telefônico. Os outros investigados são Rodrigo de Carvalho Góes, Nadir Barbosa Góes, Diva da Cruz Martins e Andrea Cristina da Cruz Martins.

Para o juiz Marcello Rubioli, Carlos Bolsonaro atuou como chefe de uma organização criminosa. A defesa do vereador ainda não se manifestou.

Redação

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