A 10ª Vara de Fazenda Pública do Rio de Janeiro concedeu, nesta quarta-feira (29/9), medida tutelar para bloquear até R$ 42.565.673,37 do empresário Mário Peixoto e de sua empresa Gaia Service Tech Tecnologia e Serviços. Também foram bloqueados valores de Gilson Carlos Rodrigues Paulino, ex-diretor e vice-presidente da Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro (Faetec), e do ex-diretor da empresa Gaia, Matheus Ramos Mendes. A Justiça tomou a medida por entender que há indícios de atos de improbidade administrativa e de risco de prejuízo aos cofres públicos.
O estado do Rio de Janeiro, a Faetec e a Cecierj moveram ação de improbidade administrativa contra os réus. Os órgãos acusam o empresário Mário Peixoto de ser o verdadeiro dono de organizações sociais que assinavam contratos públicos para a gestão de hospitais. Peixoto seria o verdadeiro destinatário das verbas públicas transferidas.
As empresas de Mário Peixoto teriam recebido R$ 176.893.625,10 entre os anos de 2012 e 2018. A Gaia foi a empresa escolhida para fechar contratos emergenciais milionários para prestar serviços para a Faetec e a Cecierj. Gilson Carlos Rodrigues Paulino, ex-funcionário da empresa Gaia, participou da alta gestão dessas fundações e possui estreitas ligações com Mário Peixoto.
Durante a gestão de Gilson Paulino nas fundações, a empresa Gaia fechou contratos emergenciais no valor de R$ 107.932.079,04. Tais acordos geraram um prejuízo aos cofres públicos de pelo menos R$ 14.188.557,79, destacou o juiz Bruno Bodart. Além de bloquear os bens de Mário Peixoto e de outros acusados, o juiz Bodart proibiu a empresa Gaia de fechar contratos com o poder público até o trânsito em julgado do processo.
O empresário Mario Peixoto é apontado como o verdadeiro dono da OS Unir Saúde, que realizou pagamentos ao escritório da ex-primeira dama Helena Witzel por serviços não prestados, de acordo com denúncias apresentadas à Justiça.
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