Jogo Sujo

Deputado Alberto Negrão do Amapá teria desviado R$ 1 milhão da verba de gabinete

deputado estadual Alberto Negrão

O deputado Alberto Negrão (PP) na Assembleia Legislativa do Amapá (Alap) está sendo investigado pela Polícia Federal por desvios de verba de gabinete. Ele é suspeito de desviar cerca de R$ 1 milhão, além de compra de votos, nomeação de funcionários fantasmas e prática de rachadinha.

A Operação Em Passant cumpriu 15 mandados de busca e apreensão em residências e empresas dos investigados, além de conduções coercitivas em Macapá. A força-tarefa é um desdobramento da Operação Terça Parte, deflagrada em maio, após a qual o Tribunal Regional Eleitoral (TER) afastou cautelarmente Negrão. No entanto, a decisão foi submetida ao plenário da casa, que decidiu manter o deputado no mandato.

Devido à Operação En Passant, o Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap) impôs o afastamento do deputado. A Polícia Federal pediu a prisão do investigado, mas não foi atendida.

“A PF pediu a prisão, mas ela não foi deferida. Entendemos que havia elementos. Houve uma operação, mas os indícios continuaram, não com o mesmo crime, mas uma operação não foi capaz de conseguir barrar essa prática delitiva”, explicou o delegado José Roberto Araújo.

Os policiais federais apontaram que o esquema de desvio das verbas para custear despesas parlamentares ocorria deste 2019. Teriam sido desviados R$ 30 mil por mês e R$ 360 mil por ano, por meio da emissão de notas fiscais frias para que o deputado fosse ressarcido por serviços não realizados.

“Existem indícios que as notas eram frias e que os serviços não foram prestados e serviam para desviar o valor da cota de atividade parlamentar”, informou o delegado responsável pelas investigações.

Empresas foram usadas para realizar as fraudes, de acordo com a Polícia Federal. Tais empresas eram dos setores de locação de veículo, embarcação, escritório de contabilidade, advocacia e comunicação social (mídia).

Redação

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