Jogo Sujo

Deputado Léo Oliveira é denunciado por corrupção no âmbito da Operação Sevandija

deputado estadual Léo Oliveira (MDB)

Ele é acusado de envolvimento com organização criminosa que fraudava contratos de terceirização de mão de obra quando era vereador de Ribeirão Preto (SP)

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) apresentou denúncia contra o deputado estadual Léo Oliveira (MDB) no âmbito da Operação Sevandija por crimes de organização criminosa e corrupção passiva, que teriam sido praticados quando ele era vereador de Ribeirão Preto, entre 2012 e 2014.

Segundo a acusação, a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Ribeirão Preto (Coderp) era utilizada pela Prefeitura de Ribeirão Preto na gestão de Darcy Vera para contratar, de forma ilegal, serviços de mão de obra terceirizada pela empresa Atmosphera Empreendimentos e Construções. As pessoas contratadas eram familiares, amigos e cabos eleitorais dos vereadores, custeados com recursos públicos, cuja eventual demissão levaria à perda da base de apoio político do Executivo. Em contrapartida, os vereadores votavam a favor dos projetos e interesses do prefeito na Câmara Municipal, inclusive para barrar CPIs  e aprovar prestações de contas.

Decisão do STF de restringir foro privilegiado abriu caminho para a denúncia
Nove vereadores já haviam sido denunciados na primeira fase da operação, porém as investigações envolvendo Oliveira tramitavam no Tribunal de Justiça de São Paulo, já que ele possuía foro por prerrogativa de função. Com o recente entendimento do STF restringindo o foro privilegiado aos casos de crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas, a investigação foi encaminhada à primeira instância. O Gaeco, então, apresentou denúncia contra Oliveira e outras oito pessoas, incluindo os ex-secretários municipais de Ribeirão Preto Marco Antonio dos Santos, Layr Luchesi Junior e Angelo Invernizzi Lopes. A Justiça ainda proibiu os denunciados de manterem contatos entre si e com as testemunhas, bem como deferiu o bloqueio de bens de Oliveira no valor de R$ 41 milhões.

Em comunicado, o deputado negou as acusações:

“Jamais obtive qualquer vantagem indevida. Prestei todos os esclarecimentos, demonstrei claramente que, quando era vereador, tinha postura independente. Inclusive fui contra em diversas votações de interesse do governo. Nunca recebi nada de ilícito. Tenho uma história de vida limpa. Entrei na vida pública para contribuir com a população. Tenho a consciência tranquila. Que a verdade seja restabelecida, confio plenamente nisso”.

 

Redação

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