Jogo Sujo

Grupo desviou milhões em contratos de leitos de UTI em hospitais do Distrito Federal

Operação Ethon

Mais um esquema de desvios de recursos da saúde está sendo investigado pelo Ministério Público. Desta vez, o alvo é um grupo que agia no Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF). Foram desviados milhões de reais em dois contratos destinados ao fornecimento emergencial de leitos de UTIs em Brasília, assinados em 2020. A empresa Domed forneceu 50 leitos no Hospital Regional de Santa Maria, enquanto a Organização Aparecidense de Terapia Intensiva (OATI) forneceu 20 leitos no Hospital de Base e outros 10 na UPA de São Sebastião.

Entre os investigados pela Operação Ethon, está a médica Cinthya Cristina Telles, uma das proprietárias do Instituto Med Aid Saúde (Imas), organização social que assinou contrato de R$ 85,1 milhões com a Secretaria de Saúde do DF. O ex-secretário de Saúde Francisco Araújo também é investigado.

Os agentes identificaram desvios na saúde no Distrito Federal, superfaturamento de preços ofertados pelas empresas que participaram da seleção e do direcionamento das contratações em favor da Domed e da OATI. Além disso, ambas não forneceram insumos, medicamentos nem mão de obra em quantidade e qualidade exigidos. As ilegalidades praticadas colaboraram para a ocorrência de altíssimas taxas de mortalidade nos leitos de hospitais administrados pelas duas empresas.

O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT), cumpriu 61 mandados de busca e apreensão em Brasília e em cidades do Amazonas, Bahia, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo e Tocantins. O MPDFT contou com o apoio da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e dos Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Amazonas, da Bahia, de Goiás, do Rio de Janeiro e de Tocantins.

Redação

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