Jogo Sujo

Ex-prefeito de Pinhalzinho (SC) é condenado por corrupção

Anacleto Galon, empresário e mais seis pessoas são condenadas por privilegiar candidatos em concursos públicos em troca de favorecimento em licitação

O ex-prefeito Anacleto Galon, o dono de uma empresa de concursos e outras seis pessoas foram condenados por corrupção em Pinhalzinho, no Oeste de Santa Catarina. As penas variam de seis a dois anos de prisão e a decisão é passível de recurso. Os réus foram denunciados pelo Ministério Público de Santa Catarina por um esquema de fraude em concursos públicos e licitações do município, situação que se repetia em outras cidades do estado. O caso foi descoberto em 2008, com a Operação Gabarito.

De acordo com a denúncia, a empresa do acusado venceu uma licitação para promover um concurso público em 2007. Na sequência, o ex-prefeito e um assessor solicitaram a manipulação do resultado do exame em troca do benefício de que a mesma empresa realizasse um concurso público no ano seguinte. Para privilegiar os candidatos escolhidos, o assessor chamou-os à Prefeitura, onde assinaram os gabaritos oficiais em branco. Posteriormente eles receberam as respostas corretas, substituíram os cartões preenchidos no dia das provas e obtiveram a classificação.

No ano seguinte, a promessa foi cumprida e a empresa participante do esquema ganhou o novo processo licitatório. O concurso também foi usado para privilegiar candidatos. Segundo as investigações, uma candidata à vaga de enfermeira prometeu ao proprietário da empresa promotora do concurso dar a ele seu primeiro salário em troca da aprovação.

Candidatos de concurso levaram denúncia à Promotoria de Justiça
Segundo o MPSC, as investigações contra o grupo iniciaram já no primeiro concurso, quando candidatos levaram à Promotoria de Justiça a lista dos participantes que seriam privilegiados na prova. Durante o levantamento de provas, foi constatado que a empresa também estaria envolvida em fraudes semelhantes em cidades do Extremo Oeste Catarinense e no Rio Grande do Sul.

Todo o esquema foi descoberto através da Operação Gabarito, em 2008, por meio de uma força-tarefa composta pelo MPSC, Polícias Militar, Civil e Rodoviária Federal, Secretaria de estado da Fazenda e IGP (Instituto Geral de Perícias). Na época, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão preventiva nas cidades de Itapiranga, Descanso, Mondaí e Águas de Chapecó.

Redação

Comentar