Jogo Sujo

Ex-secretário de Alckmin é denunciado por suspeita de receber R$ 7,2 milhões de suborno

Moacir Rossetti foi denunciado pelo MP-SP por corrupção passiva e lavagem de dinheiro

O Ministério Público de São Paulo denunicou à Justiça o ex-secretário-adjunto na secretaria de Governo do Estado (gestão Alckmin), Moacir Rossetti, por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Segundo a acusação, Rossetti, que também exerceu o cargo de secretário-adjunto na Secretaria de Logística e Transporte, constituiu empresas de fachada, ditas de ‘consultoria’ – MN Gestão Empresarial e MSA Gestão Empresarial -, para captação de R$ 7,2 milhões em propinas da Estre Ambiental e da Estre Petróleo, Gás e Energia que, em troca, teriam sido favorecidas em contratos com a administração.

Alckmin não foi investigado nem é citado na denúncia.

Esta é a segunda acusação formal da Promotoria contra Rossetti. Em fevereiro de 2019, ele foi denunciado pelo suposto recebimento de propina de R$ 289 mil da empreiteira Camargo Corrêa, em 2012.

Na nova denúncia, levada à Justiça nesta terça, 28, a Promotoria atribui a Rossetti envolvimento com o empresário Wilson Quintella, ligado à Estre, que também foi denunciado, junto com Elio Cherubini, do mesmo grupo – estes por corrupção ativa, lavagem e organização criminosa.

A Promotoria assinala que ‘entre os anos de 2011 e 2018, Moacir Rossetti ocupou cargos expressivos no Governo do Estado’.

Contratos de fachada

Para os promotores, durante o período em que Rossetti exerceu funções ‘estratégicas’ na administração, suas empresas foram usadas ‘para dissimular a utilização de bens, e/ou valores provenientes da corrupção’.

“Recebeu e movimentou os valores que ingressaram nas contas destas empresas. Suas empresas foram contratadas por outras, especificamente a partir dos anos de 2007/2008, após criar empresas de fachadas, contemporâneas, sem funcionários e com mesmos objetos sociais”, sustenta a denúncia.

Esta é a segunda acusação formal da Promotoria contra Rossetti. Em fevereiro de 2019, ele foi denunciado pelo suposto recebimento de propina de R$ 289 mil da empreiteira Camargo Corrêa, em 2012.

 

Redação

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