Jogo Sujo

Ex-secretário de Saúde do RJ é investigado por compra superfaturada de máscaras no Gaffrée e Guinle

Ferry Witzel

O ex-secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro na gestão de Wilson Witzel, Fernando Ferry, é alvo da Operação Desmascarados da Polícia Federal nesta quarta-feira (10/02). A suspeita dos investigadores é a existência de fraudes e de superfaturamento em compras de equipamentos de proteção individual (EPIs) no Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, vinculado à Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio).

De acordo com um dos contratos sem licitação, no valor de R$ 1,28 milhão, máscaras e aventais foram cotados a R$ 47,80 e R$ 49,50, respectivamente. O valor é quase quatro vezes mais alto do que os cotados pelo chamamento público da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), que eram de R$ 12,50 e R$ 15.

Foram adquiridos com superfaturamento pelo hospital Gaffrée e Guinle 6.500 máscaras e 6.500 aventais. No total, houve sobrepreço de R$ 650 mil e  superfaturamento de R$ 398 mil. A operação também investiga se o quadro societário das empresas é integrado por “laranjas”.

Ferry ficou apenas um mês no cargo de secretário, entre maio e junho de 2020

Fernando Ferry é superintendente do Hospital Gaffrée e Guinle, do qual se licenciou para assumir a secretaria da Saúde em maio de 2020, porém ele pediu demissão apenas um mês depois. O investigado na época sucedeu o secretário Edmar Santos, que viraria delator do esquema que levou ao afastamento do governador Wilson Witzel.

A investigação se baseia em uma auditoria da EBSERH, estatal que administra hospitais universitários federais, e em uma fiscalização da Controladoria Geral da União (CGU). Os cinco mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos na capital e em Duque de Caxias.

Redação

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